Workshop Feedback na Celpa Belém do Pará em 26 e 27/11/18
27 de novembro de 2018Treinamento Pipeline de Liderança no Grupo Simões
15 de dezembro de 2018Artigo Revista Conecthos – Líderes Digitais
Vivemos uma profunda transformação gerada pela “Quarta Revolução Industrial”, ou “Revolução 4.0”, trazida pelos robôs e marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas. Termos como big data, inteligência artificial, robótica e algoritmos fazem parte do dia a dia. Seremos capazes de criar uma inteligência artificial que supere a criatividade humana e desenvolva suas próprias ideias e valores? Todo esse avanço tecnológico será mesmo benéfico para o homem? E o líder perante esse novo cenário?
Esta transformação traz profundas implicações sociais e cria a necessidade de desenvolver um novo código de ética. Há que se preservar a “essência humana” nas novas relações da era digital. Homens e máquinas em constante interação, com os direitos humanos preservados. Líderes conscientes de que a inteligência artificial acabará com determinadas profissões, mas outras serão criadas. E que as pessoas sejam desenvolvidas para elas. Sistemas de inteligência artificial não são um fim em si, mas um meio, uma ferramenta no desenvolvimento de uma cultura na qual equipes de alta performance levam a organização a alcançar os resultados desejados.
Vamos trazer a reflexão para o meio médico-hospitalar? Análises de prontuários já são realizadas por médicos e seus “colegas” robôs. Estudos apontam que a produtividade de enfermeiros pode crescer de 30% a 50% com apoio de ferramentas de inteligência artificial. Cirurgiões já contam com computadores como uma espécie de “consultor” durante cirurgias. Um hospital de Londres usa um aplicativo móvel desenvolvido por uma empresa de inteligência artificial do Google que identifica pacientes com maior risco de perda de função dos rins. Cada vez mais pessoas monitoram o progresso de doenças por meio de apps, celulares e sensores.
Os exemplos provam o quanto o uso da inteligência artificial pode melhorar a capacidade humana na área de saúde. Nosso papel é usá-la a nosso favor. Grandes empresas de tecnologia têm demonstrado forte interesse no setor. Dispositivos móveis (smartphones), wearables (que podem ser vestidos), aplicativos de saúde (Health Apps) e a Internet das Coisas criam a “Saúde 4.0”. Nesse cenário, o grande beneficiado é o paciente, que recebe diagnósticos mais assertivos em um tempo consideravelmente menor, além de focar sua atenção para a prevenção e o bem-estar. Mas… E a relação com o paciente? Tanta tecnologia será capaz de substituir o profissional de saúde? E as lideranças? Como conduzirão suas equipes, formadas por “humanos”, em meio a tantos aparatos tecnológicos? Sistemas inteligentes sempre terão vários operadores humanos envolvidos em sua criação. Robôs não transmitirão o famoso “calor humano” ao pegar na mão do paciente.
Líderes digitais éticos e “humanos” usam a tecnologia a seu favor, como auxílio para uma gestão eficaz e de resultados. São, mais que nunca, necessários, nesta época em que a sociedade passa por uma revolução digital que muda o modo como a sociedade passa a viver e a se relacionar – e que não tem volta. Líderes digitais acreditam que homens e máquinas podem e devem trabalhar juntos, num mecanismo integrado e harmonioso que visa, acima de tudo, ao entendimento, à preservação e ao respeito pela diversidade e dignidade humanas. E incentiva suas equipes a usar toda a tecnologia disponível como ferramenta de trabalho na relação com o paciente sem, contudo, esquecer a essência humana presente em todos nós. Somos seres relacionais por excelência. E nossos pacientes continuam prezando pelo atendimento humanizado de alta qualidade.
CEO Ramiro Novak Filho – CLS do Brasil