
Programa para desenvolvimento de lideranças na Enfermagem no Hospital Dona Helena
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Rede Agafarma de Farmácias no Rio Grande do Sul – Liderança e Negociação Estratégica
29 de outubro de 2018“O DESAFIO MAIOR DO LÍDER É DEDICAR TEMPO PARA OS LIDERADOS”
O CLS do Brasil – Center for Leadership Studies é um centro de soluções, difusão e estudos sobre liderança que busca capacitar profissionais para torná-los mais eficazes e focados em resultados, oferecendo metodologias e ferramentas para o desenvolvimento de pessoas e organizações. CEO dessa organização, o consultor Ramiro Novak Filho conhece o Hospital Dona Helena há mais de 20 anos, desde o pioneiro processo de implementação da norma ISO 9001. “Ao longo deste período, compartilhamos conhecimentos em vários temas, visando aprimorar a eficácia de liderança dos gestores do HDH, com destaque para processos de coaching, que buscam promover a criatividade, a excelência do desempenho e a resiliência individual”, ressalta Novak, que esteve em Joinville para uma palestra sobre o modelo de liderança requerido pelas maiores empresas do mundo, com o título “Líder Digital: a disrupção no papel do líder”, na abertura do 3º Encontro Catarinense de Enfermagem. Veja a entrevista do consultor ao “Dona Helena Notícias”.
Você tem larga experiência no treinamento de líderes, com ênfase na área da saúde. Qual o grande desafio da liderança, nos dias atuais, e particularmente no campo da saúde, uma carência tão evidente em nosso país?
O desafio maior é o líder dedicar tempo para os liderados. O dia a dia carregado de atribuições faz com que os líderes acabem se tornando muito operacionais, por vezes realizando tarefas de seus liderados. Esse comportamento tende a dificultar a proximidade. Os líderes acreditam que podem liderar por e-mail e se afastam. Utilizam os softwares de avaliação de desempenho, nos quais registram as intenções de ações que não são acompanhadas. Logo, a mudança de comportamento não acontece.
Em palestras e treinamentos, qual o tipo de expectativa ou inquietação que você percebe mais presente por parte dos profissionais?
Como engajar os liderados na busca de resultados despertando o espírito de dono.
Na apresentação, você traz o conceito de líder digital e, em contraponto, menciona a necessidade de uma liderança mais humanizada. Como isso é possível – a humanização da liderança frente à aparente desumanização do ambiente e ferramentas digitais?
O modelo Líder Digital foi concebido com base na leitura do ambiente corporativo atual, e nos caminhos que a relação entre as pessoas está tomando na era digital. O título Líder Digital pode remeter à tecnologia, mas esse não é o foco da nossa abordagem. Enfocamos o líder que utiliza a tecnologia e pode se afastar das pessoas, para o Líder Digital com novo mindset que, por meio do uso equilibrado da tecnologia e novos soft skills, consegue o engajamento das pessoas humanizando as relações.
Você defende a disrupção no papel do líder. Como avalia as lideranças atuais, nesse aspecto?
As lideranças ainda estão olhando muito mais os números. Se o indicador está ou não vermelho. Há uma baixa preocupação com as pessoas, apesar do discurso não ser esse. A disrupção no papel do líder descreve inovações na forma de liderar criando um novo modelo focado no ser humano.
Que inovações já alcançamos e quais as mais importantes que ainda precisamos conquistar?
Muitas empresas já implantaram muitas inovações na área de liderança. No nosso modelo, o Líder Digital coloca as pessoas genuinamente em primeiro lugar, construindo equipes, mantendo as pessoas conectadas e engajadas, gerando uma cultura de colaboração, inclusão, inovação, tolerância ao risco e melhoria contínua, na busca dos resultados. Essa é a nossa sugestão para os líderes da atualidade que entendem necessária uma nova abordagem na liderança. Nas empresas onde o modelo foi disseminado e absorvido, é visível a melhoria no ambiente de trabalho.
Que habilidades específicas ainda precisam ser trabalhadas para fazer frente aos desafios da atualidade?
O líder precisa desenvolver e/ou aprimorar, segundo nosso modelo, seis soft skills dentre os quais destaco: empático e humilde.
É preciso mudar o mindset, como você propõe. Por que somos tão avessos a mudanças?
Estamos acostumados à zona de conforto. Mudar exige esforço, tempo e dedicação para com aqueles que garantem os resultados do líder. E, como se consegue resultados, mesmo que, muitas vezes à custa do clima organizacional, os líderes preferem manter o “status quo”. Nossa proposta é de que mudando o mindset eles consigam que o potencial inerente de cada liderado seja liberado e então melhores resultados sejam alcançados.
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